sábado, 20 de junho de 2009

Carta de um professor:

Prezados Alunos e demais interessados no futuro autossustentável de São José e região através da educação, cidadania e exercício democrático via USJ.
Ao tomar ciência do teor desta entrevista, ainda tinha a esperança de que a lucidez vingasse e o ensino de qualidade se efetivasse, mas a entrevista do jovem gestor Caio César Tokarski enquanto Secretário de Administração de São José, de fato deixa bem claro o posicionamento do poder público executivo municipal e o seu profundo desapego à educação, na medida em que nem sequer o Colégio de Aplicação pode não vir a ser contemplado, construído com verba federal, ou seja de todos os brasileiros, inclusive dos josefenses, é de se indignar e repudiar.
Quaisquer especialistas em gestão pública e privada podem verificar um grave equívoco estratégico na medida em que o poder público não proporciona à sua comunidade, o direito de ascender às posições de gestão e pensamento nas organizações, bem como o fomento ao ímpeto empreendedor e não se circunscrevendo às castas operacionais, apenas.
O teor do fato expõe de forma objetiva o um grande equívoco em construção, na medida em que tenta obstruir e apresentar empecilhos ao desenvolvimento da educação municipal.
Sabendo-se que o desenvolvimento da municipalidade dá-se através do ensino de qualidade. Na medida em que um dado governo negligência e se omite as ações de emancipação de seu povo, é de se presumir que exigirá de todos os exercícios das cautelas e tutelas diversas em todas as instâncias.
O fato é de grande intensidade e deve ser repelido com veemência, posto que tal ação visa o cerceamento e extinção de direitos, ação notoriamente amparada em interesses não declarados e visivelmente infiltrados do interesse privado na coisa pública.
Cabe-nos lembrar que a auto sustentabilidade citada enquanto estratégia é absolutamente desejável, contudo isso em geral se diz aos diretores de subsidiárias, aos gerentes das filiais ou até mesmo vice-presidentes de unidades de negócio em outros hemisférios.
Precisamos conclamar a comunidade josefense e lembrar urgentemente pelo visto, ao poder executivo municipal, que os governos devem ser do povo, pelo povo e para o povo. Uma obviedade nos cenários nos quais os cidadãos são respeitados e a cidadania exercida, mas que se mostra repelida com arrogância por alguns, talvez despreparados, todavia capazes de colocar em risco algo de tamanha relevância, o Centro Universitário Municipal de São José – USJ.
Alguns devem ficar pensando até onde pode ir o interesse econômico tentando sobrepor-se ao social, ao político, ao científico, ao antropológico, ao cultural, ao artístico e ao educacional, dentre outras dimensões. É sem dúvida, uma afronta ao ser humano e ao seu direito de se construir de forma multidimensional. É de se pensar até onde irá a ignobilidade humana?
Parece-me absolutamente temerário o processo gerencial envidado pela municipalidade, constituída por minoria, na medida em que se mostra desconexo das melhores estratégias de desenvolvimento público e privado, qual seja, através da qualidade de seus munícipes.
Entendo que os Ministérios Públicos (Federal e Estadual) devam ser provocados, na pessoa de um promotor público sensível às imperfeições ora em andamento. Na qualidade de guardiões dos direitos e preceitos constitucionais, podem buscar o amparo legal aos desequilíbrios do executivo municipal e exigir um ajuste de conduta, dentre outros.
A salva-guarda do interesse público se faz necessária, concomitantemente às ações de mobilização geral da sociedade, na medida em de fato revelam um total desapego à educação e um completo descaso com o dinheiro do contribuinte josefense e brasileiro.
Nossos cursos são baratos e muitas irregularidades estão em andamento, a começar pelo orçamento irregular. Entendo que os recursos alocados orçamentariamente ao USJ requeiram melhor observação e transparência, bem como a tutela já citada.
Outras partes que requerem também urgente atenção, naturalmente além do corpo discente e comunidade, são os corpos docentes de casa curso e demais funcionários, cujas condições de trabalho são incongruentes e sub-dimensionadas, que acabam por exigir de todos, um esforço extraordinário, por vezes além das forças de alguns. Apenas de alguns.
Vamos buscar o direito de termos uma Universidade de fato, o USJ e muitos outros cursos, inclusive o de Direito – Ciências Jurídicas.
Como dizem por aí, a luta continua companheiro.

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